Estava o
técnico em informática Fox Folder consertando mais um computador
de terceira linha, quando percebeu que a placa principal do mesmo estava
pifada, e não tinha mais jeito de arrumar. Desparafusou a placa
e a jogou para Fiofó brincar, quando escutou o "dlim dlim"
de alguém batendo na campainha do balcão. Folder abriu a
porta da divisória que separava os fundos da parte da frente de
sua oficina, quando se surpreendeu vendo o cigarreiro do outro lado do
balcão de sua oficina. O cigarreiro
tirou o cigarro da boca, soltou a fumaça para o lado, e calmamente
colocou um envelope comercial amarelo sobre o balcão da oficina. Folder, em
silêncio, se aproximou mais do balcão e percebeu um pequeno
volume dentro do envelope. Abriu o envelope e pegou lá de dentro,
uma pequena ampola de vidro com um líquido transparente e as inscrições
"E-1101". Folder olhou
a pequena ampola de vidro por mais alguns instantes, colocou-a no bolso
da calça, fechou a oficina e foi para a casa de seu pai. Chegando
lá, bateu na porta, espiou pelas janelas, e notou que a casa estava
vazia. Pensou na sua ex-parceria, e foi para o hospital onde SCSI estava
internada. No hospital, viu SCSI dormindo profundamente em seu leito.
Pegou a ampola de seu bolso, abriu-a e despejou seu conteúdo no
tubo de soro que alimentava SCSI, quando seu telefone celular tocou. Jogou
rapidamente a ampola no lixo do hospital, e saiu do quarto para atender
o telefone: Folder se
apressou o mais que pôde, e, chegando à prefeitura, notou
pela expressão no rosto de todos, que havia chegado tarde, e que
provavelmente, seu pai já estava morto. Folder viu os médicos
recolhendo um corpo ensangüentado do chão. Era um homem que
ele não conhecia. Folder se
vira e vê um homem alto, que lhe estendia uma folha de papel enrolada.
Pegou a folha e perguntou:
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