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Impressão
Paranormal
Microbo$ft Nega Conhecimento dos Bugs
A Linguagem Está Lá Fora |
Episódio
20
Estavam os
agentes Fox Folder e Danna SCSI na sala do assistente-diretor Skinnys,
enquanto ele explicava a situação.
-
Olha, vocês vão ter que viajar de novo, e dessa vez, é
pra Rússia!
- Pra Rússia? Mas o que tem a Rússia a ver com a gente?
- estranhou Folder.
- Não tem nada a ver, mas o episódio
de hoje é na Rússia, porque o UnaCarter disse que os pontos
de audiência lá estão muito baixos, e resolveu fazer
um episódio na Rússia pra ver se levanta a audiência
da séria lá! Pelo menos foi isso que ele me explicou...
- E o que a gente vai fazer na Rússia? - perguntou SCSI.
- Procurar o Cigarreiro, pois ele está
lá há várias semanas, e nós temos que descobrir
o que ele está fazendo lá... Além de prendê-lo,
é claro!
- Nossa, que chique! Já fomos a Miami, e agora à Rússia!
Quando sai o avião? - falou Folder.
- Esse é o problema, a viagem à
Miami acabou com a grana da Federação, e não temos
dinheiro pra ir à Rússia de avião!
- O que vai ser então? Um cruzeiro marítimo?
- ironizou SCSI.
- Não, vocês vão de ônibus!
- Tá doido? De ônibus até a Rússia? -
disse Folder com cara de assustado - Além
da gente chegar morto lá, você já imaginou o tempão
que vai levar, e o tanto de lugar que o ônibus vai parar?
- Sim, já está tudo planejado! Infelizmente o UnaCarter
não dispunha de um Mapa Mundi ao escrever esse episódio,
portanto ele não soube dizer exatamente os pontos de parada, mas
diz que vai levar seis semanas e algumas das paradas são na seguinte
ordem: - São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Fernando de Noronha,
Florianópolis, Porto Velho, Londrina, Natal, Cidade do México,
Ubatuba, Nova Iorque, Foz do Iguaçu, Hawai, Belo Horizonte, Alasca,
São José do Rio Preto e Moscou!
- Nossa... quanto ziguezague! - riu SCSI.
- Bom.. diz ele que esse é o caminho mais
curto..
- Que lugar da Rússia gente vai? Moscou? - perguntou
Folder.
- Nada disso, a viagem não pára
em Moscou. Chegando lá, vocês vão até Tunguska,
um conjunto de povoados onde o Cigarreiro foi visto!
- Caramba... vai ser uma viagem e tanto... vou levar uns livros, o meu
videogame de bolso e uma caixa de pilhas pequenas... - disse
SCSI anotando as coisas num papelzinho.
- E quando partimos? - quis saber
Folder.
- Já!
Seis semanas
depois, Folder e SCSI estavam descendo de um ônibus em um pequeno
povoado perdido nas florestas da Rússia.
- Ufa... Eu já não via a hora de
por os pés no chão e esticar as pernas! - falou
SCSI.
- Ai.. nem me fale...
- Bem.. vamos bater à porta de alguma casa e perguntar se alguém
viu o Cigarreiro!
Folder e
SCSI bateram à uma porta e uma velha senhora apareceu para atendê-los.
-
Bom dia minha senhora, a senhora conhece o Cigarreiro? - pergutou
SCSI pra velha da casa.
- No compreendovsky! - disse a velha.
- O SCSI, nós estamos na Rússia,
aqui se fala russo!
- Mas eu não sei falar russo!
- Então mostra a foto do Cigarreiro pra ela!
SCSI tirou
a foto do Cigarreiro de sua pequena bolsa e mostrou à velha senhora.
- Hhhmm.. Esse homenzovsky estálovsky
na mineraçãozovsky! - falou a velha.
- Como? Desculpe, eu não entendo russo...
- retrucou SCSI.
- Na mineraçãozovsky, sua borruvsky!
A velha,
vendo que não estavam se entendendo, apontou para uma pequena estrada
que sumia no meio do mato.
- Valeu dona, muito obrigado! - falou
SCSI.
- Dinadovsky! E não enche mais o sacovsky!
- Porque será que eu tenho a impressão de que ela estava
te xingando? - falou Folder.
Folder e
SCSI começaram a seguir pela estrada até chegarem perto
do que parecia ser uma grande cratera, e ficaram observando de longe,
enquanto alguns homens trabalhavam na mineração.
- SCSI, me lembrei de uma coisa agora... Uma coisa que eu li em um
livro em algum lugar...
- O que foi, Folder?
- No final do século 19 ou começo do século 20, não
me lembro, uma pequena cidadezinha da Rússia, explodiu do nada,
e naquela época ainda não tinham inventado a bomba atômica.
Isso ficou conhecido como "Incidente em Tunguska". Pessoas dizem
que pessoas disseram ver grandes bolas de fogo vindo do céu, mas
não encontraram indícios de nada.
- E o que houve depois?
- Bem... depois que a cidade desapareceu, ficou só a floresta com
pequenos povoados ao redor, e agora, creio que estamos no meio do que
sobrou da antiga Tunguska.
- E o que você conclui disso?
- Bem, lembra que algumas evidências apontavam o envolvimento do
Cigarreiro com tecnologia extraterrestre? Se realmente Tunguska foi arrasada
por um meteoro, talvez ele tenha achado o meteoro, e talvez ele esteja
tentando encontrar algo nesse meteoro, não acha?
- Acho que você está "viajando" um pouco, mas não
custa a gente checar, vamos descer até lá e entrar escondido
no depósito, vamos ver o que tem naqueles latões que estão
sendo levados da mina para o depósito!
Depois de
cinco minutos, Folder e SCSI estavam no interior de um depósito
próximo à mina, dentro da enorme cratera. SCSI puxou uma
chave de fenda de um de seus bolsos e começou a abrir a tampa de
um dos latões. A chave escapou e caiu no chão antes que
SCSI conseguisse abrir o latão. Com o barulho da chave, alguns
guardas começaram a gritar e a se aproximar correndo dos agentes,
que tiveram que largar tudo ali e sair correndo para não serem
pegos. Depois de ziguezaguear por entre as pilhas de latões, Folder
e SCSI pararam por um instante. Foi quando um guarda os avistou e começou
a atirar. Por sorte, nenhum dos tiros atingiu os agentes, mas acertou
alguns latões ali perto, que começaram a espirrar sobre
os agentes, um estranho líquido preto e fino, com um cheiro muito
forte.
Folder e SCSI se dispararam a correr de novo, mas o cheiro do líquido
era tão forte que provocava uma tosse mais forte ainda e os agentes
tiveram que parar, pois estavam muito mau. Os guardas do depósito
alcançaram os agentes, que estavam ali tossindo muito e se contorcendo,
para caírem desmaiados no chão, logo em seguida.
Quatro
dias depois....
Skinnys olhava
atentamente para a encomenda que havia chegado para ele via Sedex (Bip!
Bip!). Eram duas coisas enormes do tamanho de uma geladeira, cada uma.
Skinnys desceu ao porão da FBI, onde ficava a sala dos casos ActiveX,
pegou um pé-de-cabra e começou a abrir as caixas. Surpreso
ao ver os agentes Folder e SCSI dentro das caixas, começou o interrogatório:
-
O que é isso? - perguntou Skinnys.
- Bom dia, Skinnys, pra começar, tem alguma
coisa pra comer? Eu passei quatro dias dentro dessa caixa e estou com
uma fome do cão! - respondeu Folder.
- Ai... eu também! - completou
SCSI.
- Mas o que é isso, vocês não
estavam na Rússia?
- Estávamos, mas fomos pegos depois de termos sido atingido por
um líquido estranho. Desmaiamos, e quando acordamos, já
estávamos nessas caixas, a caminho sabe lá de onde...
- disse SCSI.
- Provavelmente o Cigarreiro nos reconheceu e
foi bonzinho o suficiente para nos mandar de volta para cá!
- falou Folder.
- E viemos conversando a viagem inteira, já
que as duas caixas ficaram juntinhas...
- A propósito, se a gente tivesse ido via Sedex (Bip! Bip!) pra
lá, a gente chegaria lá em quatro dias somente, viu!
- disse Folder.
- Então vão comer alguma coisa,
se recuperem da viagem e depois voltem para cá, que eu quero saber
tudinho, exatamente o que aconteceu! Enquanto isso, eu vou mandar outros
agentes pra lá, via Sedex (Bip! Bip!) então... E voltem
logo!
No inicio
da tarde, Folder chegava de barriga cheia à sala do assistente
Skinnys que estava acabando de colar o último dos 4000 selos nas
seis caixas com os supostos agentes que iriam à Tunguska.
-
Cadê a SCSI? - perguntou Skinnys.
- Ela vem logo. Ela resolveu passar num médico
para fazer uns exames, afinal ela foi a mais atingida por aquele líquido
que eu te falei..
- Eu ainda não entendi esse negócio de líquido, sente-se
ai e comece e explicar tudo desde o começo, quando chegaram a Tunguska,
parte por parte, e sem pular nada!
- Bom, começou assim...
Duas horas
depois...
-
E foi isso! - terminou Folder.
Nesse instante
chegou a agente SCSI, com uma cara muito abatida.
- O que foi, SCSI? Aconteceu alguma coisa?
- perguntou Skinnys.
- Estou doente, Skinnys...
- Então eu tenho que fazer um exame completo também! Esse
líquido preto causou alguma coisa? - falou Folder.
- Não, Folder, não é nada
com o líquido preto. Eu já estava doente muito antes disso,
só que eu não sabia e agora vi o resultado dos exames.
- E o que você tem então? - insistiu Skinnys.
SCSI sentou-se
vagarosamente sobre uma das cadeiras ali e explicou:
- Estou doente. Estou morrendo, Skinnys. Eu tenho
um raro tipo de câncer que ainda não tem cura. Ele ainda
não começou a agir, mas pode começar a qualquer momento.
Pode ser amanhã ou daqui há dez anos. E quando começar,
a contagem regressiva para a minha morte, também começará.
...continua...
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- "Saravá"
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