Impressão Paranormal
Microbo$ft Nega Conhecimento dos Bugs
A Linguagem Está Lá Fora


Episódio 18
A Colônia

Estava o agente especial Fox Folder em sua sala arrumando uns arquivos velhos, quando o telefone tocou. Era Lango-Lango.
- Você, ligando pra cá!?! - estranhou Folder.
- Sim, tenho uma coisa importante para te mostrar. Pegue SCSI e venha para cá o mais rápido possível!

Vinte minutos depois, Folder e SCSI batiam à porta da casa de Lango-Lango, na fazenda onde ficava o QG do clã hacker Cult of The Dead Cat. Lango-Lango abriu a porta e os conduziu para o porão, onde ficava a maior parte do equipamento usado pelo grupo. Chegando lá, Lango-Lango tirou o pratinho de gelatina Royal que estava em cima do teclado de um dos computadores, digitou alguns códigos no teclado e a tela do micro mostrou o que parecia ser uma foto de satélite de uma área montanhosa.
- O que é isso? - perguntou impaciente a agente SCSI.
- É uma foto de satélite. - disse Lango-Lango - Interceptei uma transmissão de microondas que veio da fábrica da Pintel para a Microbo$ft, e entre algumas informações dessa transmissão, estava uma coordenada. Daí foi só programar aquela porcaria de satélite deles pra tirar uma foto pra mim, e ai está o resultado!

A foto que aparecia na tela do computador mostrava o que parecia ser uma plantação, com pequenos focos de calor e estranhas figuras geométricas pegando toda a área fotografada.
- E o que são esses desenhos engraçados? - perguntou o agente Folder.
- Isso é uma estrutura subterrânea, e esse pequenos pontinhos vermelhos são pessoas ou animais dentro dessa base escondida. - respondeu calmamente Lango-Lango.
- Acho melhor irmos até lá, o que você acha, SCSI? - perguntou Folder.
- Vamos lá, você também não vem, Lango-Lango? - retrucou SCSI.
- Não, mas aposto que o Frolike está doidinho pra ir com vocês. Eu tenho que acabar uns servicinhos por aqui. Vão vocês pra lá e depois Frolike me diz o que descobriram, ok? - disse Lango-Lango.

Uma hora e meia depois, os dois agentes, junto com Frolike desciam do carro da FBI e começavam a investigar o local. Era uma grande plantação de morangos, com uma fina tela suspensa para que a luz do Sol não pegasse diretamente nos pequenos pés de morango no chão. Olharam o local por cerca de quinze minutos, quando viram um garotinho de macacão e um balde cheio de morango olhando para eles, no alto de um pequeno morro, há uns cinqüenta metros do local.

Os dos agentes, juntos com Frolike, saíram em disparada, em perseguição ao garotinho que estava no alto da colina, que, quando viu os três vindo em sua direção, também saiu correndo. Depois de chegarem ao topo da colina, os agentes viram o pequeno garoto desaparecer em um alçapão camuflado no chão, há uns 30 metros dali. Todos se aproximaram do alçapão, e o agente Folder tomou a iniciativa de abri-lo.

Abaixo do alçapão, havia uma escada que os levava por um estreito e escuro túnel vertical, descendo subsolo a baixo. Todos desceram e chegaram a uma câmara com uma porta de ferro, que, abrindo, dava acesso a vários corredores com portas de ferro iguais à da primeira câmara. Os agentes foram andando pelos corredores e observando as portas, com pequenas etiquetas do lado de fora, onde se podia ler nomes de pessoas. Uma etiqueta com um nome em cada porta.
- Folder, venha até aqui. - disse SCSI.

O agente Folder se aproximou da porta onde SCSI estava olhando e leu o nome Samantha Folder na etiqueta que estava presa a porta. Folder abriu vagarosamente a porta e observou o interior pouco iluminado da sala. Mais ou menos no meio da sala, estava uma garotinha sentada no chão.

Folder se aproximou ainda mais e tocou nas costas da garota, fazendo-a levantar o seu rosto para o agente. Folder reconheceu sua pequena irmã de 11 anos, Samantha Folder, que havia sido raptada por um caminhão da Microbo$ft, quando vinha da sorveteria da esquina.
Folder abraçou a garotinha e puxou-a para fora da sala. Apesar das insistentes perguntas de Folder, a menina não abria a boca, permanecendo num silêncio que deixava o agente Folder ainda mais intrigado.

De repente, no final do corredor, apareceu o garotinho que eles tinham visto no alto da colina, lá fora. Ele veio de outro corredor, e apontou o dedo para onde estavam os agentes. Uma porção de seguranças apareceram e começaram a correr atras dos agentes, que saíram em disparada para a câmara que levava de volta para fora. Folder pegou sua irmã no colo e continuou correndo atrás dos outros agentes, que já estavam na frente.

Após entrarem na câmara onde estava a saída vertical para fora, Frolike pegou um pedaço de cano (que aparece em todo filme de TV, justamente na hora em que é muito útil) e prendeu a trava da porta de ferro por dentro, de forma que atrasasse a entrada dos seguranças ali naquela câmara, e desse tempo de todo mundo fugir com a pequena irmã de Folder.

Todos conseguiram sair para o lado de fora, e correram para onde estava o carro da federação. Folder vinha correndo puxando sua irmã pela mão, quando ouviram um tiro vindo de trás, e Folder sentiu sua irmã cair no chão. Todos pararam, e Folder se abaixou para ver sua irmã, quando viu um buraco de bala, soltando um estranho líquido azul e brilhante, exatamente como visto à alguns episódios atras. Folder sabia que esse liquido estranho era na verdade os microorganismos eletrônicos que a Pintel estava desenvolvendo com a Microbo$ft, só não entendia porque estavam fazendo essas experiências com sua irmã, e porque o tempo não teria passado para ela, fazendo que ela permanecesse igualzinha ao dia em que ela foi raptada.

Depois de ver Samantha baleada no chão, todos olharam para os seguranças que estavam ali perto. Eram muitos, e entre eles, estava o Cigarreiro, com uma arma na mão, por onde ainda dava para se ver uma fina fumaça saindo do cano.
- Está cometendo um erro, Sr. Folder. - disse calmamente o Cigarreiro.

Nesse instante, abriram-se alguns outros alçapões no chão ali perto, e todos viram que saíam várias meninas idênticas à irmã de Folder.
- Essa aí não é sua irmã, Folder. Assim como essas muitas que você está vendo. São todos clones, assim como o garotinho que você viu aqui fora. Sua irmã não está aqui, está muito longe, num lugar praticamente inalcançável. Você ainda vai vê-la, mas será no momento certo.
- O que vocês fizeram com a minha irmã?
- gritou Folder esbravejando.

O Cigarreiro deu mais um trago no cigarro que estava em sua mão, e jogou o toquinho que sobrou, para o lado. Deu meia volta, e disse calmamente:
- Não fizemos quase nada, agente Folder. Você saberá quando tiver que saber. Vamos embora pessoal, agora que o lugar foi descoberto, é hora da "limpeza".

Os agentes não podiam reagir, pois estavam em número incrivelmente menor, ficaram observando o Cigarreiro e seus seguranças desaparecerem nos alçapões camuflados, assim como os clones de Samantha.
- Não desanime, Folder... - disse SCSI, tentando consolar o parceiro - Você chegou bastante perto dessa vez. Ainda vai encontrar sua irmã, eu tenho certeza.
- Snif!
- chorava Frolike diante da cena - Que bonito! Snif! ...continua...


Não perca o próximo episódio de ActiveX - "O Fantasma da Balsa"